quarta-feira, 11 de maio de 2011

NECESSIDADES ESPECIAIS.

Apenas 25% das escolas estaduais do RN são adaptadas para deficientes

De Francisco Francerle para o Diário de Natal

As escolas da rede estadual de ensino ainda estão longe de promover um acesso livre e capaz a todos os deficientes e pessoas que possuam algum tipo dificuldade de locomoção, seja motor, neurológica ou visual. A grande maioria das unidades de ensino ainda não se enquadrou às determinações da regra normativa 9050 da Associação Brasileira de Normas e Técnicas (ABNT), que se preocupa não apenas que o aluno se matricule na escola, mas que permaneça estudando.

No Rio Grande do Norte, das 401 escolas que já possuem projeto de adaptação, apenas 102 estão prontas ou passaram por reformas obedecendo critérios de quebra de barreiras arquitetônicas. Deste número de unidades adaptadas, quase 50%, ou seja, 47 delas, estão em Natal. Mas o acesso não se restringe à estrutura física da escola para deficiente físico. É preciso trazer inclusão também ao deficiente visual, o surdo e mudo, a criança com múltiplas deficiências e, nesse contexto, as escolas estaduais ainda estão muito longe de adquirir uma série de equipamentos que são considerados necessários.

A necessidade de mudanças nessa área pode ser medida pelos números. O último censo da Secretaria Estadual de Educação constatou que, em Natal, existem 2.444 alunos matriculados na rede pública de ensino e que são portadores de alguma deficiência. No interior, são 6.099, somando 8.543 crianças com deficiência e que são matriculadas na rede em todo o Rio Grande do Norte.

Na Escola Estadual Régulo Tinoco é impossível o acesso a cadeirantes. Situada numa das regiões mais valorizadas de Natal, no bairro de Lagoa Nova, a unidade de ensino possui 15 degraus de acesso à porta central. Para um cadeirante ter acesso ao local, só mesmo pela lateral da escola, onde existe o estacionamento.

O contraponto positivo é a Escola Estadual Edgar Barbosa, que realizou uma reforma recente e se tornou modelo com relação à quebra das barreiras arquitetônicas. A unidade de ensino eliminou os degraus, construindo rampas de acesso com corrimãos nas dependências com inclinação, desde a entrada.

FONTE: DN ONLINE

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